Segundo o Datafolha só quem venceria o Lula num eventual segundo turno em 2018 seria a Marina Silva, ou seja, Lula usaria todo o dinheiro arrecadado pelo PT para comprar mais da metade do eleitorado que, muito ocupado contando as notas, esqueceria que a Marina também é petista.
2018 é o ano do desalento. Seria até mais fácil suportar a espera até lá se não soubéssemos que o PMDB, por exemplo, estará no mesmo lugar de sempre, ou seja, sendo assediado pelo eventual eleito para "compor a base" e "garantir a governabilidade".
O que pode levar o eleitor a se dirigir até a urna com sede de vingança, com vontade de punir. Isso é bom, porque traz mudança, mas não necessariamente bom, porque nem toda mudança é para melhor.
A impressão é que dentro desse arcabouço sobre o qual se apóia a democracia brasileira tudo está podre. Executivo, legislativo e judiciário são castas que vivem alheias à realidade do brasileiro médio, que simplesmente cansou delas, não as suporta mais, porém não descobriu o que colocar no lugar.
Sem lideranças ou projetos de país que enxerguem o futuro além da eleição de 2018, o que se tem é desesperança, que leva ao desespero, que leva à decisões perigosas.
Podemos ir assim para as mãos de um novo caçador de marajás ou de algum testa de ferro da mesma gangue que hoje e sempre domina Brasília, que hoje mais do que uma draga de recursos, virou uma draga de esperanças.
O sistema político brasileiro precisa ser implodido. Não há o que preservar nele. O problema é: substituído pelo quê?
Eu pessoalmente não sei a resposta.